JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE: nós fomos

JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE: nós fomos

JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE: nós fomos

13/08/2013

Alegria, amizade, amor, oração, esperança, peregrinação, piedade, conversão, solidariedade, espiritualidade e fé. Estes, como muitos outros substantivos, poderíam compor a aquarela divina que se desenhou nas almas de todos que experimentaram a Graça de participar da 28ª Jornada Mundial da Juventude (JMJ), na cidade do Rio de Janeiro, no período de 23 a 28 do mais recente julho passado.

Ao tentar compartilhar nossas emoções com os amigos que não puderam comparecer, esbarramos na incapacidade da nossa pobre retórica em exprimir, fielmente, o que mais marcou nossas memórias, mais embeveceu nossos corações e mais enriqueceu os nossos espíritos. Não obstante nossos reconhecidos limites, resumiremos nossas observações nos seguintes tópicos:

• Jamais vimos um homem, em tão pouco tempo, comover tantas pessoas como o nosso Papa Francisco. Como disse sua mais recente biógrafa, a jornalista argentina evangélica Evangelina Hemitiam: “Ele funciona por contágio. O efeito que ele provoca nas pessoas é revolucionário”. Ao aproximar-se desse bendito homem, chegamos a crer que, até nós, podemos ser melhores pessoas;

• Nunca imaginamos fazer parte do corpo de mais de três milhões de pessoas, em um só espaço físico, todas imbuídas do mesmo propósito e da mesma crença. Sabedores que éramos de que Deus nos assistia, em todos os momentos, pela adoração do seu Filho e pelo louvor da sua Mãe;

• Para quem conhece a insegurança do Rio de Janeiro, é de espantar saber que nenhuma cidade do mundo foi mais segura do que aquela, na dita semana. Não vimos nenhum ato de violência: brigas, conflitos, distúrbios, sequer disputas. Parece mentira: não vimos nenhum vasilhame de bebida alcoólica ou traços de drogas, nas ruas. Os próprios vendedores só portavam água e refrigerantes. Pelo contrário, presenciamos vários atos de harmonia, cuidados com o meio ambiente, paz, solidariedade, irmandade, concessões, louvores e orações. De todos e em todos os idiomas. Era como se fosse todos por todos e Deus por cada um.  Em um mundo de tanto ruído e inquietação, testemunhamos e participamos dos instantes de silêncio solicitado pelo Santo Padre. Imaginem mais de três milhões de pessoas, em um mesmo local, no mais completo silêncio. Conseguimos ouvir/sentir a respiração do Senhor. Tudo por Deus, com Deus e para Deus, pois Ele nunca arredou pé dali;

• Mal tínhamos tempo para dormir, pois a organização do evento ofereceu, além da programação oficial, 120 pontos de catequese e  motivos religiosos (igrejas, cinemas, teatros, museus etc.) distribuídos por toda a capital fluminense. No dia da vigília, caminhamos 10km, desde o centro da cidade, em direção a uma Copacabana nunca dantes vista, com sua praia e seus calçadões repletos (mal conseguíamos andar) de jovens e menos jovens, em vias de acampamento, para a noite de vigília com o Papa Francisco. Em êxtase, presenciamos jovens confessando-se, genuflexos, em pleno calçadão de Copacabana, a um padre sentado num tamborete. Nada mais belo de se ver e sentir. Foi uma luta tirar minha mulher Joyce dali – tamanha sua emoção – já no meio da madrugada, para um pequeno repouso, pois, no dia seguinte e último nos esperava a Missa de Envio;

• Destarte, apesar dos muitos prodígios, nada nos impressionou mais do que a maciça presença, a empolgação, o fervor, a vibração e a fé dos jovens de todo o planeta que para a JMJ acorreram. Sobrou-nos a certeza de que o Senhor é Rei e que nossa Igreja, una, santa, católica e apostólica nunca esteve tão sólida, apoiada e sustentada nos ombros e corações da juventude mundial.

Desculpe-nos a nossa pequenez de retórica já explicitada, mais julgamo-nos incapazes de transcrever melhor estes santos dias da nossa história terrena. Até mais ver em Cracóvia, em 2015.

Janedson e Joyce
Membros da SMSL