Diálogo, escuta e discernimento

16/05/2017

Difícil dizer por onde começar.
É que escutar em tempos de tanto ruído é difícil, embora vital.
Caminhando por uma praça próxima aos centros nervosos das cidades, um pássaro teima em cantar.
Quem o escuta? Quem o percebe?
Então se estabelecem duas barreiras difíceis de ultrapassar: a pressa e o barulho.
Muitas vezes, não somos capazes de escutar um pássaro, uma brisa em um dia de verão; o que dizer, então, sobre escutar a nós mesmos, o que até pode vir a causar incômodo?
Neste momento, somos encostados na parede para ouvir o outro. Sim, encostados na parede, pois temos que retirar a fantasia de imperadores do universo que não precisam ouvir o outro, apenas a eles mesmos.
E o diálogo surge com um embate de ideias, mas que pressupõe ouvir. Isso, ouvir. Desnudarmo-nos das nossas certezas para ouvir o que o outro nos traz. E é incômodo porque pode ser até o oposto do que pensamos. Só em casos muito raros, deveríamos fechar os ouvidos e tomarmos uma decisão isolada. Mesmo assim, precisaríamos ouvir o bom senso, o discernimento.
O discernimento é uma estrela interior que nos conduz nas noites escuras.
Quando somamos diálogo, escuta e discernimento, temos uma das maiores ferramentas de auxílio ao bem viver.
Somados esses três elementos, podemos compreender o sentido da coletividade.
É quando juntamos nossas diferenças, nossas capacidades empáticas e nossa voz interior para apontar o que deveria ser melhor para nós.
Nesse caso, perder é ganhar.
Não há vencidos nem vencedores.
Há uma aliança.

Ivan Guimarães é gerente de Comunicação do Colégio Santa Cecília.
 

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