Tia Regina

11/10/2018

Quando eu era criança, na fase de alfabetização, entrei pela primeira vez na sala da Tia Regina. Ela era simpática, tinha um jeito manso de falar, mas era muito precisa nas escolhas que fazia, olhava para nós de maneira singular.

Era meu primeiro ano naquela escola e em poucos dias ela tomou a decisão de me “separar” da minha irmã gêmea, somos idênticas. Até então nós duas sentávamos quase coladas, siamesas, fazíamos tudo juntas como se uma só fôssemos.

Quando Tia Regina resolveu nos separar, sentar cada uma em lugares extremos, tremi da cabeça aos pés. A sensação era de que não poderia respirar, puxar o ar e depois devolver ao universo, sem que a minha irmã estivesse colada em mim.

O tempo foi me distanciando dessa sensação, passaram-se os anos, e compreendi a grandeza e a importância daquele gesto. Ali entendemos finalmente que erámos duas e não um combinado indissociável. Compreendemos que cada uma poderia fazer suas escolhas, ter seus próprios amigos, seus gostos sem se perder da outra.

Tia Regina marcou minha vida escolar, como tantos outros que atravessaram meus anos de estudos. Educadores são seres fundamentais, uma profissão que salva vidas, que nos abre janelas para o futuro.

Mais do que nunca é preciso afirmar a importância da educação. 

Janaina de Paula – Setor de Comunicação do Colégio Santa Cecília.

 
     

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