Revelar a face do Cristo educador
As Religiosas da Instrução Cristã, educadoras que são, elencam nove valores para serem vividos hoje no seu fazer educacional, no Brasil, com toda a comunidade educativa.
E por que não ir buscando compreender esses valores que nos iluminam como um farol?
Começamos uma série de nove postagens que não buscam esgotar tão profundos e relevantes valores, mas uma contribuição para nos colocarmos no caminho de fazer vivo este sinal entre nós.
A cada semana, iremos falar de um desses nove valores que, na verdade, desdobram-se em tantos outros.
Revelar a face atual do Cristo educador
Atual quer dizer destes tempos em que o mundo sem fronteiras ainda pensa em muros para dividir nações.
Tempos de grandes avanços tecnológicos, mas que ainda não inseriram os famintos, os sem-teto e os sem-horizontes.
Tempos de comunicação em rede, instantânea, mas que ainda não acordaram com práticas concretas o diálogo pelo bem comum.
A mensagem de Cristo, que já completa dois milênios, ainda é muito atual, essencial.
Ele, o Mestre, fez escolhas. Para apóstolos, escolheu, na sua maioria, pescadores. Conhecedores que eram do mar, dos segredos dos ventos, das marés, da escuta no amanhecer e no entardecer. Mestres no seu ofício. Sabiam que não há dias iguais no mar, todos os dias são novos, portanto, capazes de entender, mesmo com altos e baixos, a Boa-Nova.
Jesus se colocou na estrada, acompanhado desses mestres, para ir seguindo e falando do amor como caminho para a vida, para o religar-se com o Pai.
Ensinava nos montes, nas sinagogas, na intimidade das casas, nos mercados, onde o povo estava. Onde estava a dor, as buscas, as indagações, o humano. Contava história, falava simples coisas que tocam a alma e mudam o ser. Dizia o que vivia. Dizia e vivia o amor.
Atendia a todos com afeto, com serenidade, com segurança, com verdade e com misericórdia.
Sua mensagem é atual, sempre será, pois as lições para melhor viver no Amor são atemporais.
Na hora de revelar a Sua face de educador, o mais indicado caminho é o exemplo, aquele que arrebata, mesmo que limitado pela condição humana de pecadores e pescadores que somos, mas iluminado pelo desejo de dizer que no caminho para Deus é preciso ser como as crianças: coração e mente abertos para apreender, para reconhecer, para seguir e para recomeçar.
Atentos ao vento, ao mar, ao infinito, à boa pesca, ao novo, à coragem, ao risco e ao Amar o que somos e fazemos.
Ivan Guimarães – Gerente do Setor de Comunicação