A palavra de ordem para a professora Natália Ferreira, do 4º ano do Ensino Fundamental, é protagonismo. Ela voltou toda a sua preparação para as aulas remotas – cursos, formações, palestras –, no sentido de fazer com que seus alunos explorassem ao máximo as ferramentas tecnológicas disponíveis. 

“Sempre que vou iniciar a construção de uma aula, pesquiso sobre o conteúdo, busco conectar com a realidade de nossos alunos, penso nas competências que posso abordar de acordo com a BNCC, avalio as ferramentas que posso usar, para só então dar início à atividade”, detalha.
Natália tem utilizado várias ferramentas digitais nas aulas do 4º ano: “Quizizz”, “Mentimeter”, “Flippity”, “Padlet”, entre outras possibilidades da própria plataforma Google. “A ideia é motivar e envolver os alunos, inovando na apresentação do conteúdo através de metodologias ativas e melhorando sempre as estratégias para uma aprendizagem mais significativa”. 

As aulas geralmente começam com o “Mentimeter”, e uma pergunta disparadora abre espaço para que os alunos falem de como se sentem naquele dia, interagindo uns com os outros. “Isso me dá parâmetros para conduzir a aula de acordo com as respostas deles, se estão mais animados, mais curiosos ou mais sonolentos”, observa a professora. 

Com o “Flippity”, uma roleta é utilizada para garantir a maior participação possível. A letra do alfabeto que o ponteiro marcar será a da inicial do nome dos alunos que terão voz naquele momento. Assim, ninguém fica de fora. O “Padlet” é outra ferramenta bastante utilizada como apoio pela professora Natália. Nas aulas de Produção Textual, no conteúdo de resumo, os alunos puderam inserir seus próprios textos com imagens, disponíveis em um só mural para que os amigos lessem, comentassem e curtissem. “Eles puderam aprender com a escrita dos colegas”. 

O “Quizizz”, uma ferramenta de gamificação, foi usado também no conteúdo de resumo. Em tempo real, os alunos respondiam ao quizz e, à medida que acertavam, subiam no ranking. “Eles amaram! Erraram muito pouco e os erros pudemos retomar. É impressionante o engajamento e esse é o propósito das aulas remotas, permitir uma colaboração de todos, uma efetiva participação na construção do conhecimento”.